Kant - Ensaio sobre as doenças da cabeça (1764)
Kant é um autor muito pouco conhecido em Psicologia, embora sua obra dialogue diretamente com a possibilidade e os limites dessa disciplina, seja em âmbito científico ou não.
No Brasil, costuma-se apresentar Kant em Psicologia sob dois horizontes: seus "vetos" à Psicologia (que seriam supostamente "vencidos" por autores como Johannes Müller, Helmholtz e Fechner) e seu "inatismo" em Psicologia do Desenvolvimento, o que acaba se transformando numa confusão de leitura entre condições fisiológicas inatas (portanto, empíricas) e condições a priori do conhecimento, este sim o argumento de Kant.
Mas, como se pode imaginar, há um largo lastro de pensamento que passa ao largo dessas questões. Inclusive, as relações entre a Crítica e as psicologias, da época ou posteriores, são pouco visitadas.
Para os psicólogos, esta tradução é uma espécie de "início de assunto". As questões sobre o senso comum e a loucura atravessam a obra de Kant e, em relação com as Críticas, podem lançar questões ainda não percorridas sobre a Psicologia.
Segue, então, link para a tradução de Pedro Miguel Panarra na Revista Filosófica de Coimbra e no PhilPapers.
Apresentamos a tradução de o Ensaio sobre as doenças da cabeça realizada a partir da 1ª edição de Kants Werke , por Wilhelm W eischeidel, Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983. Band II, Vorkritische Schriften bis 1768 . Como sucede na tradução dos escritos de Kant que tenham a pretensão de rigor, procedeu-se a uma comparação com o texto da edição da Academia das Ciências da Prússia, Kants Gesammelte Schriften , Berlin, 1912, volume II. Tradução Edições 70. O tradutor agradece à editora a autorização para esta publicação.